O acesso à terapêutica por via da suplementação alimentar, através de alimentos dietéticos para fins medicinais específicos, torna-se cada vez mais importante para muitos doentes. Contudo, apesar dos seus benefícios, a grande maioria destes produtos continua a não ser comparticipada pelo Estado.
Recentemente, o Hospital de São João, no Porto, alertou para esta situação. Em declarações à SIC, Cristina Teixeira, diretora do Serviço de Nutrição deste hospital, sublinhou que “a maioria dos utentes não tem possibilidade de pagar os suplementos” e que “noutros países, nomeadamente em Espanha, já existe essa comparticipação”. A responsável reforçou que em muitos casos, “se estes doentes com estas necessidades de alimentação específicas forem para casa com estes suplementos, podem ser poupados dias de internamento”.
Um alerta e uma posição defendida também pela ANID que realça os claros benefícios desta alimentação específica na saúde e qualidade de vida dos doentes.
Estes alimentos dietéticos para fins medicinais específicos destinam-se a casos muito particulares - como pessoas com doenças crónicas, que sofram de doenças graves ou em recuperação como, por exemplo, alguns dos casos mais agudos de doentes que sofreram ou sofrem de COVID-19. Podem ser de uso oral ou por sonda, e são consumidos em todos os locais onde podem ser fornecidos cuidados de saúde - hospitais, lares, clínicas e casas privadas – sob a supervisão de profissionais de saúde.